sábado, 15 de maio de 2010

O nem sempre... final feliz.


A vida é complicada para quem quer tudo perfeito. A perfeição, definitivamente não faz parte da vida...quem dirá do amor. O amor não é perfeito, e é o sentimento que mais falhas possui. Não devia ser assim ou melhor (...) Quem disse que o amor teria um final feliz? A Walt Disney. Feita para animar crianças e impulsioná-las à um ideal de amor, acaba afetando os adultos e o resto do mundo. Ao ser criança, a ideia de você ser uma princesa que, ao crescer, irá encontrar seu príncipe encantado, é constante. Ao crescer e ao achar seu príncipe, começa a lidar com que ele cometa falhas. Faltas. Falhas. Seu coração vira um campo de guerra, um campo de concentração, onde a cada erro dele, é como se ele matasse seus sentimentos em massa. Sua vida perfeita e colorida, vai se transformando e de princesa, você passa a odiar esse tipo de nomenclatura. Você passa a trocar tudo o que você gosta, em troca de que a pessoa permaneça com você, que você atenda todas as suas expectativas e que não lhe falte nunca. Sabemos que nem sempre é assim. Não dá para ter tudo, muito menos ser perfeito. É. Infelizmente. O seu amor vai virando vício, costume, resistência, insistência, delírio, karma, obsessão. Você realmente espera que aquilo tenha um final. Você luta por um final tão desesperadamente, que é capaz de abdicar tudo por isso. Mas sabe o que é o pior? O amor não se conclui sozinho, então não adianta que você queira algo que o outro desistiu, que o outro abandonou, que o outro já não quer. Ou nunca quis. Porque o amor também é ilusão, é a sua visão de tudo, não a dos outros, não a do mundo. Seu amor é o que você vê, cego pro mundo, e enxergando o que te dá calma. Não deveria ser assim, mas se enxergássemos a realidade, não amaríamos ninguém. O amor não aceita críticas, nem ajuda, nem interferência. O amor é impulsivo, desesperador e avassalador, na sede de que você realmente consiga aquilo. O amor é ímpar, mesmo querendo ser par. Por ele, você nunca sabe quando é a hora de parar e sempre insiste uma vez mais. Por ele, você muda o mundo. É como se te aplicassem morfina, e de tão anestesiado que está, não tem forças pra mudar a situação. O amor é a morfina da vida. O amor, talvez, seja o sedativo mais forte, mais cruel e perigoso da vida. E quando a morfina te abandona, o peso da dor vem tão rápido, capaz de sufocar e matar você...internamente. Como na vida real, uma hora a morfina vai acabar ou irão fazer algo para que ela acabe. O que você quer, pensa ou sente, não muda nada nisso. É assim no campo sentimental. É abandonado quando não se precisa, sente dor mesmo sabendo que não merece, e é ferido mesmo sendo incapaz de ferir a quem te fez tanto dano. O amor nem sempre tem um final feliz. O amor nem sempre tem um final. O amor nem sempre é feliz.


Antes, tengo que apagar de mi memoria cada verso que empezaba, con tu nombre (...) Esta es la última vez, que canto, tu nombre.
(Con Tu Nombre - Ricky Martin)