Por que a vida chega a ser tão dura, chega a puxar o nosso tapete, chega a ser grossa de tão realista? Por que a vida parece um fio, tão fino, fraco, a ponto de ser movido ou rompível a qualquer momento? Por que às vezes só queremos pular num abismo tão fundo, tão sem ar, tão desprezível? O abismo, às vezes, parece a única mão que nos quer ajudar, que nos quer alcançar, e uma vez que nos pega, nos tira toda a alegria, toda a força de vontade. É como se sugasse todo seu sangue, todas as tuas forças, teus poderes, teu amor. É uma competição de quão fundo alguém pode chegar, quando se coloca o pé pra dentro. Mas quão forte alguém pode ser? Não ha limites, mas as vezes a vontade de não re-colocar pra dentro, de nos retirar do mundo é tão mais forte, que não ha o que fazer. Sua cabeça parece um vazio, uma chamada perdida, um vácuo, um eterno buraco negro...sem sonhos, ideais, pensamentos. Até a mais visionária, perde o chão, perde o rumo. A conexão entre o ter que ser e o querer ser, simplesmente parece não existir, parecem ser tão incompatíveis, que chegam a lastimar uns aos outros. Tudo pode ser tão diferente, mas as pessoas não são preparadas pra isso. É mais difícil ajudar alguém, do que machucar. E quanto menos ajuda você tem, mais o abismo te quer pra ele, mais a vida te empurra pra um lugar vazio. Porque as vezes, é só isso que você é vazio, sozinho, imaduro. NÃO! Você tampouco tem todas as palavras do mundo, todos os sentimentos, nem todas as respostas. NÃO! Você não é perfeito, não sabe quase nunca o que fazer, ao que resistir, ao que desistir, ao que insistir. Às vezes você é tão mesquinha, que só sente dois tipos de sentimentos : amor&ódio, bem&mal. A vontade de aprender tudo, vira o egoismo, o analfabetismo, a ignorância. Os sonhos parecem quebrados e re-ligados, à uma vontade distante. A única vontade, é não ter aquilo que chamam de vida, porque quebraram todas as suas conexões com qualquer coisa que te fazia viver. Abismo, me puxa, me solta, me acaricia, me dá frio, eu quero descer mais. Uma mente negra, vazia, desce mais. Hoje, o post incrívelmente acaba na metade, sem fatos, sem moral, sem fim. Não sei como definir, não tenho forças, vontade, ou nada do tipo. Aquela dona da moral, veste negro hoje. Sem lagrimas, gritos, desesperos. Simplesmente o que escreveu foi um vazio, memórias de um vazio, desabafos de um vazio. Negro e vazio.
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